DO AMOR TRANSITÓRIO
Ilógica e avessa, te sigo.
-Me delato.
Ocorre-me um eu
inevitavelmente despovoado
e permanente
nos estreitos dias de luz moribunda.
Prossigo qual bicho espantado,
diante do passado e desse agora.
Por instantes, nos meus olhos,
agressivo espanto.
Não conhecia das dores do mundo,
o desencanto.
A lua é vã,
o céu é coisa gasta.
E lá se vai o amor...
Estranhamente,
meu íntimo arcanjo,
se desencantou.